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1.
s.l; Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde; dez. 2016. ilus, tab.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-884280

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A doença arterial coronariana (DAC), está presente quando um paciente tem um ou mais sintomas, ou complicações de uma oferta inadequada de sangue para o miocárdio, que ocorre geralmente devido à obstrução das artérias coronárias decorrente da aterosclerose. É a primeira causa de óbito nas sociedades modernas. Para melhorar os sintomas, os pacientes com DAC obstrutiva são submetidos com frequência a intervenção coronária percutânea (ICP) com implante de stents. A trombose de stent é uma complicação rara mas grave, que se apresenta como um grande infarto do miocárdio não fatal, geralmente com elevação do segmento ST ou morte. Estima-se que menos de 10 % dos óbitos cardíacos após a colocação do stent são atribuíveis à trombose do stent, sendo a maior parte devido à progressão da doença. Pode ocorrer de forma aguda (dentro de 24 horas), subaguda (dentro de 30 dias) ou até um ano (tardio) ou mais após a colocação do stent. A trombose do stent dentro do primeiro ano p


Subject(s)
Humans , Coronary Artery Disease/therapy , Platelet Aggregation Inhibitors/therapeutic use , Angioplasty , Drug-Eluting Stents , Prasugrel Hydrochloride/therapeutic use , Technology Assessment, Biomedical , Cost-Benefit Analysis
2.
s.l; Instituto Nacional de Cardiologia; [2016].
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-884362

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Ticagrelor faz parte da classe química denominada ciclopentiltriazolopirimidina, antagonista seletivo de ação direta e de ligação reversível ao receptor P2Y12 que impede a agregação e ativação plaquetária, reduzindo eventos cardiovasculares como morte, infarto e AVC. Tem metabolização hepática, e não é necessário ajuste para pacientes com insuficiência renal. Possui interação com cetoconazol, digoxina e rifampicina. Na síndrome coronariana aguda (SCA), encontra-se bem estabelecido o emprego de dupla antiagregação plaquetária com ácido acetil salicílico e um inibidor do receptor P2Y12, sobretudo no primeiro ano que segue o evento cardiovascular. Nesse cenário, emerge como alternativa terapêutica o medicamento Ticagrelor (Brilique; AstraZeneca), um antagonista oral do receptor P2Y12 de adenosina difosfato, promovendo de forma reversível e concentração-dependente a inibição da agregação plaquetária (IAP) e da trombogênese. A dose preconizada de início da terapia é de 180mg, apresentando rápido efeito, evidenciado por uma IAP de 41% em trinta minutos de administração do medicamento, com um efeito IAP máximo de 89% após duas a quatro horas da dose inicial. Recomenda-se a manutenção com dose de 90mg duas vezes ao dia por um período de doze meses a partir do evento agudo, exceto diante de indicações clínicas de descontinuação da terapia. A absorção do medicamento é rápido, apresentando uma mediana de tempo máximo de 1.5 horas. A formação de seu principal metabólito circulante, e também ativo, ocorre com uma mediana de tempo máximo de 2.5 horas. A biodisponibilidade média absoluta de Ticagrelor é de aproximadamente 36% (25.4% a 64%). Não há relato de interação significativa clinicamente com a administração de dieta. O medicamento e seu metabólito ativo são transportados, predominantemente, através de proteínas plasmáticas. Sua metabolização ocorre, em especial, pela enzima CYP3A. Sua excreção também ocorre principalmente através do fígado, sendo eliminado através da secreção biliar com um tempo de meia vida média de 6.9 horas (4.5-12.8 horas) para o ticagrelor e de 8.6 horas (6.5-12.8 horas) para o metabólito ativo. Ticagrelor apresenta contraindicação naqueles com hipersensibilidade ao medicamento, sangramento patológico ativo, com antecedente de hemorragia intracraniana, ou insuficiência hepática grave. Deve ser administrado com cautela diante de uso concomitante de medicamentos que possam aumentar o risco de sangramento, anticoagulantes orais ou fibrinolíticos dentro de 24 horas da dose de ticagrelor. Não houve reversão do efeito antiplaquetário através da transfusão de plaquetas, mas terapia antifibrinolítica ou fator VIIa recombinante podem auxiliar na hemostasia, sendo o uso de ticagrelor retomado após a causa de sangramento ser identificada e controlada. Recomenda-se que os pacientes que forem submetidos a procedimento cirúrgico eletivo suspendam o uso de ticagrelor cinco dias antes da cirurgia. Devido à limitação de dados clínicos do seu emprego em pacientes portadores de bradiarrimias, recomenda-se precaução nesses casos. EVIDÊNCIAS: Efetividade: O estudo Pegasus não foi incluído pois compara Ticagrelor como placebo1. Apesar de existirem vários estudos (159) sobre ticagrelor só há um ensaio clínico randomizado, conhecido pelo acrônimo PLATO envolvendo desfechos clínicos relevantes e tendo como comparador o clopidrogrel. Todas as agências de avaliação de tecnologia em saúde utilizaram este estudo como base de sua avaliação. A preferência pelos ensaios clínicos randomizados é justificada por serem a melhor evidência para estimar o efeito relativo entre as tecnologias avaliada e o comparador. O estudo PLATO é um ensaio clínico duplo-cego com duplo-placebo que compara ticagrelor com clopidogrel em pacientes com SCA - com ou sem supra de ST - com até 24 horas de início. A analise da qualidade do estudo será apresentada utilizando a ferramenta de risco de viés da Cochrane. CUSTO: Para cálculo dos custos associados ao tratamento foi realizada uma consulta ao sistema comprasNET observando a última aquisição feita pelo INC. Desta forma, o ticagrelor tem um custo por comprimido de R$ 2,95 (pregão 00053/2015) e o clopidogrel com custo de R$ 0,62 (pregão 00044/2016). O custo anual coma a dose de ataque do tratamento foi de R$ 2.160,88 e R$ 228,94 para ticagrelor e clopidogrel respectivamente. Baseado nas informações do banco público do SIH com o valor médio da AIH para IAM e AVC são respectivamente R$ 3.610,85 e R$ 1.293,29, porém estes não serão colocados no modelos por estarmos na perspectiva do hospital e não do SUS. O cálculo da razão de custo-efetividade incremental resulta em R$ 139.099,68 por vida salva, muito superior ao valor de 1 PIB per capita (R$ 28.876,004), isto significa que o ticagrelor pode ser mais efetivo que o clopidogrel porém não é custo-efetivo em relação ao mesmo. Para ser custo-efetivo o valor do comprimido de Ticagrelor deveria custar R$ 0,86. A análise de sensibilidade, com 100.000 simulações, mostrou um variação do ICER de R$ 77.270,00 até R$ 1.934.000,00.


Subject(s)
Humans , Adenosine Diphosphate/therapeutic use , Acute Coronary Syndrome/drug therapy , Purinergic P2Y Receptor Antagonists/therapeutic use , Technology Assessment, Biomedical , Health Evaluation/economics
3.
s.l; Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde; [2016]. tab.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-884365

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Citomegalovírus (CMV) pertence à família dos Herpesvírus, e possui a característica de se manter no hospedeiro por tempo prolongado, como uma infecção latente, após a resolução da fase aguda, com maior risco para indivíduos imunossuprimidos. A soroprevalência do CMV oscila conforme a área geográfica, idade e se mostra mais alta em países desenvolvidos, com uma taxa de 50% na população adulta dos EUA. A doença por CMV não apresenta um quadro clínico específico, podendo se manifestar por meio de febre, leucopenia, mononucleose, trombocitopenia, hepatite, encefalite ou infecção do trato gastrointestinal. Os meios de transmissão do vírus ocorrem por contato sexual, ou por exposição ao sangue e tecidos, como no caso dos transplantes de órgãos sólidos de doadores positivos. Grande parte dos casos não estão associados a nenhum sintoma em hospedeiros imunocompetentes. E nos casos de pacientes com infecção por CMV sintomática, como a síndrome de mononucleose, a doença se apresenta auto-limitada, com recuperação completa ao longo de um período de dias a semanas. Nesses casos a terapia antiviral nem está comumente indicada. A infecção por CMV é uma importante causa de morbidade e mortalidade em receptores de transplantes de órgãos sólidos, nos primeiros seis meses pós-transplante, devido à imunossupressão. E tem sido bem descrita como a complicação de maior ocorrência em transplantes, com um risco cinco vezes aumentado para mortalidade global e onze vezes para óbito associado à infecção por CMV. Portanto, prevenção e tratamento da infecção e doença por CMV é de extrema importância para assegurar o sucesso de um transplante. A prevalência da doença em pacientes transplantados oscila entre 30% e 50%, dependendo do tipo de órgão sólido. Pode ocorrer em aproximadamente 60% dos transplantados categorizados como de alto risco, onde o receptor é negativo e o doador soropositivo. Mas também no grupo de receptores com sorologia positiva pré-transplante, onde o risco de infecção por reativação da doença é de 10% a 30%. Além de estar associada a aumentado risco de rejeição do enxerto em transplantes. TECNOLOGIAS Valganciclovir (VG) é um medicamento antiviral, pró-fármaco do ganciclovir. Atua por inibição da síntese do DNA viral. Aprovado em 2001 pela Food and Drug Administration (FDA), e com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) sob a forma de comprimidos revestidos de 450 mg. Indicado para o tratamento de retinite em pacientes portadores do HIV/Aids e para a prevenção da doença por CMV em pacientes transplantados de rim, coração e pâncreas. A recomendação para a profilaxia da doença pelo CMV, em pacientes pós transplante de rim, coração e pâncreas é de 900 mg por dia, via oral. E para o tratamento da infecção ou terapia preemptiva é de 900 mg 2 x ao dia por 21 dias. Ganciclovir (GC) é um análogo do nucleosídeo 2'-desoxiguanosina, com uma estrutura semelhante à do aciclovir. Sua atividade inibidora dos Herpesvírus tem especial ação contra o CMV. Eliminação renal elevada necessitando de ajuste da dose em pacientes com insuficiência renal. Possui baixa biodisponibilidade por via oral (6% a 9%) e tem sido comercializado sob a forma endovenosa, na concentração de 1 mg/ml com registro autorizado pela ANVISA. Indicado para o tratamento e prevenção de infecções por CMV em imunodeprimidos (transplantes). A dose recomendada é de 5 mg/Kg 2 x ao dia, por 14 ou 21 dias. PERGUNTA CLÍNICA: O medicamento Valganciclovir na apresentação oral para o tratamento de pacientes pós-transplante cardíaco com diagnóstico de viremia por citomegalovírus é mais custo-efetivo comparado ao tratamento padrão com Ganciclovir na apresentação endovenosa? ANÁLISE DA EVIDÊNCIA: Evidências descritas pelo demandante: -Eficácia no tratamento de viremia por CMV e na doença órgão específico por via oral, com boa biodisponibilidade e tolerância; -O tratamento por via oral possibilita a liberação do paciente para o domicílio e possui menor risco de complicações em comparação ao uso endovenoso (acesso vascular, internação); -Pequeno número de pacientes com indicação.MÉTODO: O demandante solicitou a avaliação de custos do medicamento Valganciclovir por via oral, como opção ao uso endovenoso do Galvanciclovir. E como justificativa descreveu a possibilidade de evitar a internação e os riscos inerentes ao uso de medicação endovenosa para os pacientes em pós-operatório de transplante cardíaco, que apresentam sorologias positivas para CMV durante o acompanhamento ambulatorial e necessitam de tratamento para a viremia. DISCUSSÃO: O Valganciclovir é um medicamento largamente indicado, como opção dentre as estratégias de terapia preemptiva para a doença por CMV, sendo mais utilizado em pacientes submetidos ao transplante de órgãos sólidos, apesar de seu alto custo. Uma das principais razões para sua popularidade está associada à sua apresentação por via oral, que demonstrou maior eficácia e biodisponibilidade do que os demais antivirais disponíveis. Diversos estudos demonstram eficácia semelhante do Valganciclovir comparado aos demais antivirais. Entretanto, poucos estudos compararam diretamente VG ao GC, e alguns ainda classificaram profilaxia como terapia preemptiva. No entanto, recentemente uma revisão sistemática com metanálise comparou o uso do VG oral ao GC em sua apresentação endovenosa, confirmando similar eficácia entre os dois medicamentos, o que permite garantir um tratamento mais confortável para o paciente imunossuprimido. As diferentes estratégias de prevenção do CMV e algumas questões relativas à eficácia e economia permanecem em discussão. Importante salientar que, uma das indicações de uso para o valganciclovir é o paciente ambulatorial, que se submeteu a um transplante de órgão sólido e, dessa forma pode evitar uma internação hospitalar relativamente longa, com os riscos já conhecidos para um paciente imunossuprimido, mantido em um acesso venoso. Sem considerar os benefícios intangíveis, como o stress pelo afastamento familiar, o risco de qualquer intercorrência durante sua internação e a oportunidade de utilizar o leito hospitalar para outro paciente. O custo incremental entre os dois tratamentos foi elevado, no entanto o impacto orçamentário anual não foi grande, face a uma baixa prevalência de casos positivos (2 casos/ano), pode ser considerado favorável ao se ponderar que o benefício ao paciente pós transplante cardíaco será a prevenção de doença por CMV e suas possíveis complicações em pacientes transplantados sucesso do paciente transplantado representa um benefício institucional e já implica em uma grande utilização de recursos prévia. RECOMENDAÇÃO: Recomendação fraca a favor da Incorporação do Valganciclovir com controle de dispensação conforme protocolo.


Subject(s)
Humans , Ganciclovir/analogs & derivatives , Ganciclovir/therapeutic use , Technology Assessment, Biomedical , Viremia/drug therapy , Health Evaluation/economics , Cost-Benefit Analysis , Cytomegalovirus Infections/drug therapy
4.
s.l; Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde; dez. 2015.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-884336

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Úlcera por pressão (UP) é definida como um evento que ocorre em consequência de uma injúria na pele, induzida pela pressão, que pode se apresentar inicialmente como um eritema leve na pele intacta até evoluir para úlceras profundas que atingem a estrutura óssea. Se desenvolvem como resultado da compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície externa, em contato por um período de tempo prolongado. Costumam acometer pacientes que requerem cuidados institucionais a longo prazo, bem como os agudamente hospitalizados. A incidência de úlceras por pressão possui certa variabilidade por depender de características do paciente e do nível de cuidado. Estima-se que 2,5 milhões de úlceras de pressão são tratadas a cada ano em unidades de cuidados para pacientes agudos, nos Estados Unidos. Grande parte das úlceras por pressão ocorrem durante internações para tratamento de alguma condição de saúde em fase aguda. As taxas de prevalência de úlceras por pressão nesses casos variam de 3% a 17%, sempre maiores em grupos de alto risco. Um estudo de coorte observou que úlceras por pressão se desenvolveram em 36% dos pacientes idosos com fratura de quadril. A úlcera por pressão é descrita como uma condição de elevada morbidade, com consequências não só para o paciente e seus familiares, como para o sistema de saúde. Portanto, a redução da incidência de úlceras por pressão foi incorporada como um componente importante da Campanha Mundial para a Segurança do Paciente, iniciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2006 e pelo Institute for Healthcare Improvement (IHI). Esta condição de saúde já possui uma abordagem preventiva bem determinada, com estratégias avaliadas em pacientes com internação de longo prazo demonstrando serem custo-efetivas. Diversas estratégias foram analisadas, e dentre elas foram utilizados redutores de pressão, emolientes para a pele dos pacientes com pele ressecada e de alto risco para aquisição de UP, além de atenção na regularidade da higiene perineal dos pacientes com incontinência urinária. TECNOLOGIA: Creme gel para hidratação profunda e manutenção do equilíbrio da pele, contendo vitamina A nanoencapsulada (5,6%), vitamina E nanoencapsuladas (0,93%), triglicerídeos doa ácidos caprílico/cáprico. Alantoína, D-pantenol e aloe vera. Tubo ­ 90 e 100 gramas Registro Anvisa ­ 238400007.001-8. PERGUNTA CLÍNICA: O creme hidratante N-Derm com nanotecnologia possui eficácia e segurança na prevenção de úlceras por pressão? ANÁLISE DA EVIDÊNCIA: Evidências descritas pelo demandante: Não foram apresentados estudos com a formulação do N-Derm® ou mesmo evidências de uso da tecnologia associada a prevenção de úlceras de pressão. Um dos estudos apresentados avaliou a hidratação da pele em voluntárias jovens e saudáveis e concluiu que a formulação cremosa com SLN foi semelhante ao creme convencional (Wissing, 2003). Um artigo de revisão e o terceiro descreveu o uso de diferentes formulações de NCL para hidratação da pele. RECOMENDAÇÃO: Não há evidências até o momento que sustentem qualquer indicação de uso do creme gel hidratante N-Derm® como preventivo de úlceras de pressão. Pode ser utilizado com fins de ensino ou pesquisa, a depender da disponibilidade orçamentária da instituição.


Subject(s)
Humans , Vitamin A , Vitamin E , Wetting Agents/therapeutic use , Decanoic Acids , Pressure Ulcer/prevention & control , Allantoin , Aloe , Technology Assessment, Biomedical , Efficacy , Cost-Benefit Analysis
5.
s.l; Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde; [2015]. tab.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-884334

ABSTRACT

ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DA DOENÇA: A infecção causada por clostridium difficile (CDI) é considerada uma das principais causas de diarréia nosocomial em países desenvolvidos e vem aumentando sua incidência e gravidade nos últimos anos. Na América Latina estima-se que os dados epidemiológicos estejam subestimados por pouco estabelecida e (AJIC 2014). Está associada à elevada morbidade, internação prolongada e consequentes custos elevados. O clostridium difficile é uma bactéria anaeróbica gram-positiva, formadora de esporos e que produz toxinas causando inflamação e diarréia. Assim, o diagnóstico de CDI requer atenção renovada, como um diagnóstico rápido e preciso do CDI é essencial não só para a gestão individual de paciente mas também a prevenção de transmissão nosocomial. O diagnóstico de CDI é geralmente baseado na história clínica em combinação com testes laboratoriais. Vários laboratórios testes estão disponíveis no momento para a detecção de C. difficile ou suas toxinas. TECNOLOGIA DEMANDADA: Nome comercial: Xpert® C. difficile. ANÁLISE DA EVIDÊNCIA APRESENTADA PELO DEMANDANTE: Demandante: Instituto Nacional de Cardiologia. Evidências descritas pelo demandante: -O demandante descreve que o exame substitui o existente na mesma linha de cuidado, com maior eficácia, custo alto e diagnóstico rápido; -Informa que o custo inicial da tecnologia requer a aquisição dos testes com o equipamento em comodato; -Informa que não há necessidade de obras para a instalação do equipamento ou treinamento dos técnicos que já foram treinados; -Relata que a tecnologia anteriormente utilizada (ELISA) possui baixa sensibilidade (48%); -Evidência clínica - descreve que a infecção é a maior causa de diarréia associada ao uso de antibióticos nos EUA e que a incidência está aumentando nos últimos anos, com incidência em torno de 31% com aumento do tempo de internação; -Dentre os artigos citados pela demandante, 2 estudos analisam o desempenho analítico da tecnologia comparada aos demais tipos de testes disponíveis no mercado e um terceiro fez uma análise de custos associados à infecção por C. difficile. MÉTODOS: Revisão Sistemática da Literatura: Estratégia de busca: Revisão rápida estruturada da literatura foi realizada nas bases de dados primária Medline, a partir da estratégia de busca desenhada para localizar quaisquer tipos de estudos publicados até 09/06/2014. Perspectiva da Análise: A análise foi elaborada sob a perspectiva da instituição com os dados referentes ao custo de aquisição da tecnologia. População: Pacientes adultos internados na instituição com suspeita de infecção pelo Clostridium Difficile que realizaram testes laboratoriais entre 2011 e 2015. Estimativas da Avaliação Econômica: Para a construção do modelo foram utilizadas as estimativas de prevalência, população, acurácia dos testes e custos, da instituição. RESULTADOS: O teste de PCR ao ser avaliado considerando a prevalência na população e sua acurácia mostrou que 31,6% (19/60) de seus resultados positivos são os verdadeiros positivos. Enquanto o teste ELISA obteve uma prevalência de apenas 16,9% (12/71) de resultados verdadeiramente positivos. Estes dados mostram inicialmente uma vantagem em identificar os pacientes verdadeiramente portadores do CD. Entretanto, ao utilizarmos esses valores como preditores para uma análise comparativa entre os testes, verificamos que serão necessários 375 testes de PCR para que seja gerado apenas um resultado positivo capaz de suspender o tratamento desnecessário em um paciente falso-positivo. Observamos então que um custo incremental de R$ 360.750,00 será necessário para que um único paciente tenha seu tratamento suspenso quando comparado aos exames realizados com o teste ELISA.


Subject(s)
Humans , Enzyme-Linked Immunosorbent Assay , Polymerase Chain Reaction/methods , Clostridium Infections/diagnosis , Technology Assessment, Biomedical , Cost-Benefit Analysis
6.
s.l; Instituto Nacional de Cardiologia; [2015]. graf, ilus, tab.
Non-conventional in Portuguese | BRISA/RedTESA | ID: biblio-884335

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A insuficiência mitral (IM) é caracterizada pela regurgitação sanguínea para o átrio esquerdo durante a sístole ventricular. Pode ser decorrente de anormalidades em diferentes locais do aparato valvar, tais como folhetos, ânulo, cordas tendíneas e músculos papilares. Etiologicamente, a insuficiência mitral é classificada em primária ou degenerativa quando existem anormalidades estruturais da valva e como funcional ou secundária quando a regurgitação não ocorre por problemas na valva, mas como resultado de outros problemas. Dentre as causas primárias, destacam-se a febre reumática, o prolapso valvar mitral, a endocardite infecciosa, traumas e as deformidades congênitas. As etiologias secundárias estão relacionadas à isquemia miocárdica, cardiomiopatia hipertrófica e dilatação ventricular esquerda. A IM secundária tem pior prognóstico por associar-se a outras doenças. TECNOLOGIA: O dispositivo percutâneo MitraClip® (Abbott Vascular, Menlo Park, CA) surgiu como uma possível alternativa à cirurgia convencional de plastia ou troca valvar mitral. Publicado no diário oficial em 24 de março de 2014, o dispositivo foi aprovado para utilização no Brasil pela ANVISA sob o número 25351.099555/2013-99. Nome comercial: clip delivery system ­ MitraClip system. PERGUNTA CLÍNICA: O uso do MitraClip® deve ser considerado em dois grupos distintos: 1. substituto da cirurgia aberta; 2. opção para pacientes cujo alto risco cirúrgico contraindique a cirurgia aberta. Abordaremos as evidências de acordo com as perguntas: 1. O uso do MitraClip® é eficaz, seguro e custo-efetivo em pacientes com insuficiência mitral e indicação de cirurgia de correção mitral quando comparado à cirurgia? 2. O uso do MitraClip® é eficaz, seguro e custo-efetivo em pacientes com insuficiência mitral grave e alto risco cirúrgico, considerados inoperáveis, quando comparado ao tratamento clínico padrão? ANÁLISE DA EVIDÊNCIA: Embora muitas intervenções percutâneas estejam em desenvolvimento, apenas duas encontram-se atualmente disponíveis no mercado internacional; MitraClip® e Carillon®. A MitraClip® possui uma base de evidências mais desenvolvida, embora ainda limitada, com apenas 1 ensaio clínico randomizado, o EVEREST II. DISCUSSÃO: O MitraClip® tem demonstrado boa segurança e eficácia em pacientes selecionados adequadamente através da ecocardiografia transesofágica. Porém, é necessário refinar a seleção dos pacientes, em relação a etiologia da IM, se funcional ou degenerativa, presença de hipertensão pulmonar, disfunção ventricular direita e presença de arritmias como a fibrilação atrial. Apesar dos resultados clínicos promissores, os custos e a custo-efetividade da MitraClip® limitam sua utilização. O benefício clínico é inferior ao obtido com o tratamento cirúrgico, e com um custo muito superior, sendo assim contraindicada a utilização do MitraClip® em substituição à cirurgia aberta. O custo/benefício de um procedimento como MitraClip® pode ser menos significativo em pacientes com IM funcional devido a comorbidades que limitam significativamente sua expectativa de vida. PARECER FINAL: -Recomendação forte contrária à incorporação na rotina hospitalar; -Frente a eficácia e segurança, a tecnologia pode ser utilizada em contexto de pesquisa ou ensino.


Subject(s)
Humans , Mitral Valve Annuloplasty/methods , Mitral Valve Insufficiency/surgery , Technology Assessment, Biomedical , Cost-Benefit Analysis/economics
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